Ora bem, após 2 anos voltei ao VOA, desta vez no novo recinto. Este tem 3 areas de campismo: uma como o antigo, outra numa jardim (só relva basicamente, sem sombra alguma) e outro pago (sleep'em all). A area de concertos é mais pequena, mas faz com que tenha melhor ambiente em geral. A proximidade de cafes bombeiros e isso também contribui muito para o bem estar.
Primeiro dia:
Gates of Hell - Muito bom concerto, mostraram que têm experiencia e conseguiram angariar uma quantidade muito respeitavel de publico para uma banda portuguesa que está a abrir o fest às 5 da tarde.
Kandi(d)a - não vi/não quero saber
Sylosis - Um dos melhores concertos dos 3 dias, para mim o melhor deste dia a par de Kreator. Muito boa set list, grande interacção com o público que apesar de não se mostrar muito instruido no seu trabalho, aderiu imenso. É Portugal, fazemos mosh e batemos palmas a tudo.
Soilwork - Um concerto morno, tecnicamente bom por parte da banda, som manhoso, set list horrivel. O que os safou foi o banner a dizer SOILWORK em cima do palco. Ficaram muito aquém, pelo menos, das minhas expectativas.
Epica - não vi/não quero saber. Curti a ventoinha para por o cabelo da gaja a voar
Kreator - Os grandes senhores do dia. Um bom regresso a Portugal com um grande concerto, grande set list, grande interacção, bem, tudo em grande. Quem os conhece minimamente, saiu de lá mais que satisfeito.
Segundo dia: O melhor dia, sem margem para dúvidas.
Requiem Laus - Começaram o dia e voltaram aos palcos da melhor maneira com o seu melodeath. Infelizmente perdi as primeiras duas musicas because beer.
Angelus Apatrida - Mais um dos concertos que mais gostei do fest. Thrash de qualidade por parte dos nossos vizinhos que conseguiram pôr toda a gente a mexer.
The Haunted - O que Angelus Apatrida começaram, estes senhores acabaram. Excelente concerto, boa set list, mosh por todo o lado. Destaque para as cabeçadas que o vocalista deu ao micro, via-se bem que a vontade do homem era saltar para o meio do pit.
Behemoth - Bem, sobre estes gigantes até me custa escrever. Foi um concerto tão intenso e tão bom que precisei de pelo menos 5 minutos para sair do estado de "choque" em que me deixaram. Irrepreensível do inicio ao fim. Uma apresentação excelente e teatral como só eles sabem fazer, malhas atrás de malhas, destruição total e completa. Pena pelo facto de não poderem usar pirotecnia. Destaque pessoal para o Orion e o Inferno, presenças absolutamente demolidoras. Claro que os nossos amigos Nergal e Seth não ficam atrás. Sem dúvida o melhor concerto que já vi, a par de Carcass.
Annihilator - Como devem imaginar, não me tinha em pé depois de Behemoth, portanto aproveitei para jantar e descansar, mas sempre com o olho nestes senhores. Bom concerto, muito boa disposição. Pelo que me apercebi, tocaram quase todos os clássicos. O publico parecia satisfeito.
Opeth - Não sei porque raio é que Opeth foi escolhido para cabeça de cartaz neste dia, mas depois de ver kamelot a abrir para Carcass, já nada me surpreende. Foi um bom concerto, o som para variar estava bastante bom. A set list foi...boa, mas estranha. Tocaram clássicos como Demon of The Fall e a já habitual Black Water Park, mas também tocaram musicas como...Atonement (provavelmente a pior musica de todo o fest). Um concerto no seu todo bom, mas com alguns pontos baixos. Se alguma coisa ficou clara foi que Opeth não é banda de festival. Quem os quiser ver, que veja numa sala em condições.
3º dia:
Opus Diabolicum, Murk, Vita Imana, Quartet of whoa!: não vi/ não quero saber.
Paradise Lost - Gostei muito deste concerto, apesar de ficar evidente que o publico não estava lá para os ver.
Gojira - O outro grande concerto do festival. Dizer que fecharam com chave de ouro, é dizer pouco. Destruição e intensidade constantes, set list excelente, som excelente, atitude impecável. Tive pena de sair das grades, mas há terceira biqueirada na cabeça desisti, mas foi da maneira que vi alguma coisa.
E vai se a ver, Os Duplantier têm uma veia portuguesa!
Resumindo, um dos melhores VOA a que já fui, se não o melhor. Aguardemos para ver o que aí vem para o ano.